CARTÃO VERMELHO PARA KAKÁ: VEJA OS VÍDEOS, FAÇA SEU JULGAMENTO!!!!

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Em dez anos como profissional, Kaká é expulso pela terceira vez

Antes do cartão vermelho contra a Costa do Marfim, meia havia sido punido em duas oportunidades quando defendia o São Paulo

Por Márcio Iannacca e Thiago Lavinas Direto de Joanesburgo, África do Su

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Não fosse o cartão vermelho recebido no segundo tempo, a partida contra a Costa do Marfim teria sido perfeita para Kaká. Depois de uma estreia discreta contra a Coreia do Norte, o camisa 10 voltou a ser decisivo para a seleção brasileira. Neste domingo, foram duas assistências na vitória por 3 a 1, resultado que classificou a equipe para as oitavas de final da Copa do Mundo da África do Sul.
Diante dos marfinenses, que não pouparam os brasileiros das pancadas, Kaká perdeu a paciência. Aos 39 minutos da etapa final, deu um empurrão em Keita e foi punido com cartão amarelo (assista ao primeiro vídeo). Três minutos depois, recebeu outro amarelo do árbitro francês Stephane Lannoy, que viu agressão a Keita, e foi mais cedo para o vestiário, desfalcando o time contra Portugal, em Durban, na próxima sexta-feira (assista ao segundo vídeo).
Não é exagero dizer que a exclusão do jogo no estádio Soccer City, em Joanesburgo, foi uma cena quase rara. Desde que se tornou profissional, no início de 2001, quando surgiu no São Paulo, foi a terceira expulsão da carreira do apoiador.

- Não perdi a cabeça, não. Vocês viram as imagens, elas falam mais do que qualquer palavra. Não vou comentar nada sobre o árbitro. No fim, o jogo ficou um pouco mais violento, não é legal, mas a Fifa sabe o que fazer com os árbitros. A última vez que fui expulso foi quando jogava no São Paulo, em um jogo contra o Goiás, no Morumbi. Fui expulso apenas duas vezes na carreira. Uma contra o Goiás e outra contra o Santos, se não me engano. É sempre chato (ser expulso) – comentou, após a partida.
A memória de Kaká está apurada. A primeira expulsão foi em 16 de outubro de 2002, pelo São Paulo, durante a fase inicial do Campeonato Brasileiro, num clássico contra o Santos. No jogo disputado no Morumbi, Kaká já tinha amarelo, cometeu pênalti sobre o lateral-esquerdo Léo, recebeu o segundo cartão e foi expulso. O Tricolor Paulista venceu por 3 a 2.

A segunda foi em 21 de junho de 2003, pelo Campeonato Brasileiro, contra o Goiás. Aos quatro minutos do segundo tempo, Kaká foi expulso de campo após levantar a perna e acertar o joelho em um adversário. O árbitro carioca Edivaldo Soares mostrou o cartão vermelho direto. O São Paulo venceu por 1 a 0.
Depois disso, Kaká foi para o Milan, da Itália, tornou-se o melhor jogador do mundo em 2007, ganhou títulos, prêmios pessoais e se transferiu para o Real Madrid, da Espanha, no segundo semestre do ano passado. E nada de cartão vermelho.

O meia reconhece que o fato de ficar fora da partida contra Portugal vai interromper o processo de recuperação de ritmo de jogo. Por outro lado, ele ganha em tempo de descanso e preparação.

Kaká recebe cartão vermelho do árbitro francês Stephane Lannoy  e deixa o gramado (Foto: Getty Images)

- Prefiro olhar pelo lado positivo, fazer um trabalho de fortalecimento e voltar ainda melhor. Estou muito feliz pelo resultado, pelo jogo que fiz, por ter participado dos gols. A expulsão vai dar uma pausa nesse ritmo, mas voltarei mais forte para as oitavas – disse.
Companheiros lamentam o cartão vermelho

O goleiro Julio Cesar tentou afastar Kaká da confusão com os marfinenses, só que era tarde. O camisa 1 não aprovou a decisão da arbitragem, mas preferiu enxergar algo positivo.
- Fica difícil para o árbitro tomar providência. Ele quis tomar o controle da partida expulsando o Kaká, mas foi injusto. O clima esquentou, mas mantivemos a cabeça no lugar. Ficamos tristes pelo Kaká porque temos um pacto de começar com 11 e terminar com 11 - comentou.
Michel Bastos também lamentou o cartão vermelho recebido pelo companheiro.
- A expulsão dele não foi merecida. Em um jogo desses você apanha muito. O Kaká é procurado em campo, às vezes acaba se alterando um pouco. Pela pessoa que é, todos conhecem o Kaká, acho que não foi merecido – opinou.